Quando se aprende uma nova língua, é frequente depararmo-nos com palavras que têm significados muito próximos ou até iguais, mas usos e contextos diferentes. Um exemplo disso é a diferença entre as palavras “história” e “estória” no português europeu. Embora muitas vezes sejam usadas de forma intercambiável, especialmente na linguagem oral, há diferenças importantes entre estas duas palavras. Vamos explorar essas diferenças e ver como podemos usar cada uma delas de forma apropriada ao narrar eventos e histórias.
A palavra “história” é amplamente conhecida e utilizada. Refere-se a narrativas de eventos reais ou fictícios, mas também pode significar o estudo do passado humano. Quando falamos de “história”, podemos estar a referir-nos a contos de ficção, como os contos de fadas, ou podemos estar a falar de eventos históricos, como a história de Portugal. Por exemplo, a frase “Eu gosto de ler histórias de aventura” usa a palavra “história” no sentido de ficção. Já a frase “A história de Portugal é muito rica” usa “história” no sentido de relato de eventos reais.
Por outro lado, a palavra “estória” não é tão comum no português europeu, mas tem um uso específico. Ela refere-se principalmente a narrativas de ficção. Por exemplo, quando um escritor cria uma história imaginária, ele está a criar uma estória. Por isso, muitos defendem o uso de “estória” para clarificar quando se está a falar de uma narrativa ficcional, enquanto “história” seria reservada para eventos reais ou relatos históricos. Por exemplo, na frase “Ele escreveu uma estória sobre um dragão”, a palavra “estória” indica claramente que se trata de uma narrativa ficcional.
Contudo, é importante notar que o uso de “estória” tem diminuído ao longo dos anos, especialmente em Portugal. Hoje em dia, muitas pessoas usam apenas “história” para se referirem a ambos os tipos de narrativas, tanto ficcionais como reais. A palavra “estória” é mais utilizada no português brasileiro, onde a distinção entre as duas palavras é mais acentuada.
Para os falantes de português europeu, é importante estar consciente desta diferença cultural e linguística. Se estiver a escrever para um público português, pode não ser necessário usar “estória”. No entanto, se estiver a escrever para um público brasileiro ou quiser ser mais preciso na distinção entre narrativas reais e ficcionais, pode ser útil usar “estória” para ficção e “história” para eventos reais.
Outra diferença importante a considerar é o contexto académico. Nas escolas e universidades portuguesas, a palavra “história” é predominantemente utilizada. O estudo da história como disciplina académica engloba eventos reais do passado, e é importante que os estudantes entendam essa diferença. Portanto, nas disciplinas académicas, “história” será sempre utilizada para referir o estudo do passado humano. Por exemplo, a frase “Eu estudo história na universidade” refere-se claramente a eventos reais e ao passado.
Outro aspecto interessante para os estudantes de línguas é como essas palavras podem variar em outros idiomas. Em inglês, por exemplo, a palavra “story” pode referir-se a um conto de ficção, enquanto “history” refere-se a eventos reais do passado. Essa distinção é mais clara em inglês do que em português. Já em espanhol, existe a palavra “historia”, que pode significar tanto eventos reais como ficcionais, sem a existência de uma palavra separada como “estória”.
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