Uso de “mais” e “menos” para comparações na gramática portuguesa

No estudo da língua portuguesa, especialmente quando se está a aprender a fazer comparações, é fundamental dominar o uso de “mais” e “menos”. Estas palavras são essenciais para expressar diferenças quantitativas e qualitativas entre objetos, pessoas ou situações. Neste artigo, iremos explorar detalhadamente como utilizar “mais” e “menos” para comparações, abordando as suas várias aplicações e fornecendo exemplos práticos para facilitar a compreensão.

Comparações com “mais”

O uso de “mais” é bastante comum e intuitivo na língua portuguesa. Serve para indicar que algo ou alguém possui uma maior quantidade ou intensidade de uma determinada característica em comparação com outro elemento.

Mais + Adjetivo

Quando queremos dizer que uma característica é mais intensa em um elemento do que em outro, usamos “mais” seguido de um adjetivo. Por exemplo:

– O João é mais alto que a Maria.
– Este livro é mais interessante do que aquele.
– A Sofia é mais simpática do que o Pedro.

Nestes exemplos, “mais” está a intensificar os adjetivos “alto”, “interessante” e “simpática”, comparando-os entre duas pessoas ou objetos.

Mais + Substantivo

Quando queremos indicar que há uma maior quantidade de algo, usamos “mais” seguido de um substantivo. Por exemplo:

– O João tem mais livros do que a Maria.
– Há mais pessoas na festa hoje do que ontem.
– Precisamos de mais tempo para completar o projeto.

Aqui, “mais” está a quantificar os substantivos “livros”, “pessoas” e “tempo”, mostrando que a quantidade é maior em comparação com outro elemento.

Mais + Verbo

“Mais” também pode ser usado para indicar que uma ação é realizada com maior frequência ou intensidade. Por exemplo:

– A Maria estuda mais do que o João.
– Eles trabalham mais durante a semana do que ao fim de semana.
– O Pedro lê mais do que a Sofia.

Nestes casos, “mais” está a quantificar a frequência ou intensidade dos verbos “estudar”, “trabalhar” e “ler”.

Estrutura das Frases Comparativas com “mais”

A estrutura básica para formar frases comparativas com “mais” é:

[ Sujeito + Verbo + “mais” + Adjetivo/Substantivo/Verbo + do que + Segundo Termo de Comparação ]

Por exemplo:
– A Ana é mais inteligente do que o Paulo.
– Eu tenho mais paciência do que tu.
– Eles correm mais do que nós.

Comparações com “menos”

O uso de “menos” é o oposto de “mais”. Serve para indicar que algo ou alguém possui uma menor quantidade ou intensidade de uma determinada característica em comparação com outro elemento.

Menos + Adjetivo

Quando queremos dizer que uma característica é menos intensa em um elemento do que em outro, usamos “menos” seguido de um adjetivo. Por exemplo:

– O João é menos alto que a Maria.
– Este livro é menos interessante do que aquele.
– A Sofia é menos simpática do que o Pedro.

Nestes exemplos, “menos” está a atenuar os adjetivos “alto”, “interessante” e “simpática”, comparando-os entre duas pessoas ou objetos.

Menos + Substantivo

Quando queremos indicar que há uma menor quantidade de algo, usamos “menos” seguido de um substantivo. Por exemplo:

– O João tem menos livros do que a Maria.
– Há menos pessoas na festa hoje do que ontem.
– Precisamos de menos tempo para completar o projeto.

Aqui, “menos” está a quantificar os substantivos “livros”, “pessoas” e “tempo”, mostrando que a quantidade é menor em comparação com outro elemento.

Menos + Verbo

“Menos” também pode ser usado para indicar que uma ação é realizada com menor frequência ou intensidade. Por exemplo:

– A Maria estuda menos do que o João.
– Eles trabalham menos durante a semana do que ao fim de semana.
– O Pedro lê menos do que a Sofia.

Nestes casos, “menos” está a quantificar a frequência ou intensidade dos verbos “estudar”, “trabalhar” e “ler”.

Estrutura das Frases Comparativas com “menos”

A estrutura básica para formar frases comparativas com “menos” é:

[ Sujeito + Verbo + “menos” + Adjetivo/Substantivo/Verbo + do que + Segundo Termo de Comparação ]

Por exemplo:
– A Ana é menos inteligente do que o Paulo.
– Eu tenho menos paciência do que tu.
– Eles correm menos do que nós.

Comparações de Igualdade

Além das comparações de maior ou menor intensidade, também é importante saber como comparar elementos que possuem a mesma intensidade ou quantidade de uma característica. Para isso, usamos as expressões “tão… quanto/como” para adjetivos e advérbios, e “tanto… quanto/como” para substantivos e verbos.

Tão + Adjetivo/Advérbio + Quanto/Como

Quando queremos dizer que duas coisas ou pessoas têm a mesma característica em igual intensidade, usamos “tão” seguido de um adjetivo ou advérbio, seguido de “quanto” ou “como”. Por exemplo:

– O João é tão alto quanto a Maria.
– Este livro é tão interessante como aquele.
– A Sofia é tão simpática quanto o Pedro.

Tanto + Substantivo/Verbo + Quanto/Como

Quando queremos indicar que duas coisas ou pessoas têm a mesma quantidade de algo ou realizam uma ação com a mesma frequência ou intensidade, usamos “tanto” seguido de um substantivo ou verbo, seguido de “quanto” ou “como”. Por exemplo:

– O João tem tantos livros quanto a Maria.
– Há tanta gente na festa hoje como ontem.
– A Maria estuda tanto quanto o João.

Exceções e Considerações Especiais

Como em qualquer língua, existem exceções e casos especiais que precisam de atenção ao usar “mais” e “menos” para comparações.

Adjetivos Irregulares

Alguns adjetivos têm formas comparativas irregulares que não seguem a estrutura “mais + adjetivo” ou “menos + adjetivo”. Por exemplo:

– Bom -> Melhor (em vez de “mais bom”)
– Mau -> Pior (em vez de “mais mau”)
– Grande -> Maior (em vez de “mais grande”)
– Pequeno -> Menor (em vez de “mais pequeno”)

Exemplos:
– O João é melhor aluno do que a Maria.
– Este filme é pior do que o anterior.
– Aquele edifício é maior do que este.
– Este quarto é menor do que o outro.

Comparações Negativas

Em alguns casos, pode ser necessário fazer comparações negativas. Para isso, usamos “não tão… quanto/como” para adjetivos e advérbios, e “não tanto… quanto/como” para substantivos e verbos. Por exemplo:

– O João não é tão alto quanto a Maria.
– Este livro não é tão interessante como aquele.
– A Sofia não é tão simpática quanto o Pedro.
– O João não tem tantos livros quanto a Maria.
– A Maria não estuda tanto quanto o João.

Prática e Aplicação

Para dominar o uso de “mais” e “menos” em comparações, é essencial praticar. Aqui estão algumas atividades sugeridas:

Atividade 1: Comparações de Adjetivos

Crie frases comparativas usando “mais” e “menos” com os seguintes adjetivos: rápido, bonito, caro, difícil, feliz.

Exemplos:
– O carro do João é mais rápido do que o da Maria.
– Este quadro é menos bonito do que aquele.

Atividade 2: Comparações de Substantivos

Crie frases comparativas usando “mais” e “menos” com os seguintes substantivos: dinheiro, amigos, tempo, livros, paciência.

Exemplos:
– O João tem mais dinheiro do que a Maria.
– A Ana tem menos paciência do que o Paulo.

Atividade 3: Comparações de Verbos

Crie frases comparativas usando “mais” e “menos” com os seguintes verbos: correr, estudar, trabalhar, ler, viajar.

Exemplos:
– A Maria estuda mais do que o João.
– Eles viajam menos do que nós.

Conclusão

Dominar o uso de “mais” e “menos” para comparações é uma habilidade fundamental na língua portuguesa. Compreender as estruturas básicas, praticar com exemplos variados e prestar atenção às exceções e casos especiais são passos essenciais para melhorar a fluência e precisão nas comparações. Continuem a praticar e a explorar novas formas de comparar, e em breve estarão a usar “mais” e “menos” com confiança e facilidade.

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