Quando aprendemos uma nova língua, uma das primeiras coisas que notamos é como os substantivos e adjetivos podem variar em gênero. No caso do alemão, por exemplo, as profissões têm formas específicas para homens e mulheres. Vamos explorar um pouco mais sobre como isso funciona em alemão e comparar com outras línguas, incluindo o português europeu.
No alemão, o gênero dos substantivos é muito importante e pode afetar o significado de uma frase. Por exemplo, a palavra para “professor” é Lehrer se for um homem, e Lehrerin se for uma mulher. Essa distinção não é apenas limitada a essa profissão; muitas outras também seguem o mesmo padrão.
Para entender melhor essa diferença, vejamos outros exemplos. Um médico em alemão é chamado de Arzt, enquanto uma médica é chamada de Ärztin. Um engenheiro é Ingenieur e uma engenheira é Ingenieurin. Estas formas femininas geralmente adicionam o suixo “-in” aos substantivos masculinos.
Em português europeu, também temos essa distinção de gênero nas profissões, embora as regras possam ser um pouco mais flexíveis em alguns casos. Por exemplo, temos o professor e a professora, o médico e a médica, o engenheiro e a engenheira. Em português, geralmente adicionamos o suixo “-a” para formar o feminino das profissões.
No entanto, há algumas profissões que não têm uma forma feminina ou onde o uso da forma masculina é mais comum. Por exemplo, a palavra para “polícia” é usada tanto para homens quanto para mulheres. Em alemão, a forma feminina é muito mais comum e usada frequentemente.
Uma coisa interessante é que algumas profissões em alemão têm duas formas femininas. Por exemplo, a palavra para “advogada” pode ser Rechtsanwältin ou Rechtsanwältinnen, sendo que esta última é usada para se referir a mais de uma advogada.
Outra diferença importante entre as duas línguas é como as novas profissões e títulos são tratados. Em português europeu, é comum usar formas neutras ou masculinas para ambos os gêneros quando não há uma forma feminina clara. Por exemplo, um termo como “cientista” pode ser usado tanto para homens quanto para mulheres. Em alemão, há uma tendência crescente de usar formas neutras ou inclusivas para abranger todos os gêneros.
Por exemplo, o uso de um asterisco ou uma barra para indicar formas inclusivas, como em Lehrer*innen ou Lehrer/Lehrerinnen, é cada vez mais comum em contextos formais e informais.
Essa preocupação com a inclusividade também tem se espalhado para o português europeu, com algumas pessoas adotando o uso de formas neutras ou inclusivas, como o uso do suixo “-e” para abranger todos os gêneros.
Por exemplo, em vez de dizer “todos os alunos”, algumas pessoas preferem dizer “todxs xs alunxs” ou “todes os alunes”. Embora isso ainda não seja amplamente aceito em todos os contextos, é um exemplo de como as línguas estão evoluindo para ser mais inclusivas.
Portanto, quando aprendemos uma nova língua, é importante estar atento às especificidades de gênero e como elas afetam o uso das palavras. Isso não só nos ajuda a comunicar de forma mais precisa, mas também nos torna mais conscientes da diversidade linguística e cultural ao nosso redor.
Para aqueles que estão aprendendo alemão ou português europeu, recomendo prestar atenção às regras de gênero e como</